Válvula elétrica de recirculação dos gases de escape | HELLA

Causas de avaria e localização de erros

Geral

As válvulas RGE estão instaladas num canal bypass entre o coletor de admissão e o coletor de escape.

Através da recirculação de uma parte dos gases de escape, é possível reduzir a emissão de óxidos de azoto (NOx).

O comando da válvula RGE é efetuado através do módulo de comando do motor.

A taxa de recirculação dos gases de escape é controlada em função da velocidade de rotação do motor, da temperatura do líquido de refrigeração e da carga do motor.

Consequências em caso de avaria

Uma avaria da recirculação dos gases de escape pode ser identificada da seguinte forma:

• A luz de controlo do motor acende, um código de erro é memorizado
• Fumo preto (gasóleo)
• Ralenti irregular
• Fraca potência do motor
• Solavancos durante a aceleração

Causas para a avaria

As causas para a avaria podem ser:

• Válvula RGE entupida ou constantemente aberta
• Comando em falta do módulo de comando, alimentação de massa

• Tubagens com defeito e entupidas
• Tubagem de vácuo com defeito e entupida
• Válvula de regulação com defeito
• Cabos com defeito, mau contacto nas ligações

Localização de erros

Devem ser considerados os seguintes pontos:

1. Verificação com um aparelho de diagnóstico

(se suportado pelo sistema)

• Leitura da memória de erros
• Realização um teste dos atuadores
• Verificação dos parâmetros do sistema (blocos dos valores de medição)

2. Controlo visual de todos os componentes relevantes quanto a danos
3. Verificação da cablagem elétrica e das ligações quanto a danos, montagem correta e fixação correta.
4. Verificação das tubagens de vácuo quanto a fugas ou entupimento
5. Verificação da válvula RGE e das tubagens quanto a entupimento ou sujidade
6. Verificar a alimentação de tensão do módulo de comando e a ligação à massa na válvula de regulação ou diretamente na válvula RGE

Exemplo de diagnóstico

Em seguida, gostaríamos de lhe mostrar as possibilidades de teste numa válvula de recirculação dos gases de escape desmontada.

Vamos tomar como exemplo uma válvula RGE de um Opel Corsa C, ano de fabrico 2002

Verificação elétrica

A resistência deve ser medida entre os pinos de contacto no conector de encaixe da válvula, à temperatura ambiente, com um multímetro. Observar sempre as indicações do fabricante do veículo.

Medição:

1. Conector A e E = resistência 5,25–5,85 Ω

2. Conector B e D = resistência 2,10–4,90 kΩ

3. Conector B e C = resistência > 500 Ω

Verificação de tensão do solenoide

Ligar o solenoide a uma alimentação de tensão com fusível, bateria ou fonte de alimentação, com 12,0 a 13,5 volts.

Pino de contacto E no polo positivo da bateria.

Contactar o pino de contacto A à massa (máx. 5 x durante 0,5 s).

A válvula tem de funcionar de forma audível e deve abrir e fechar completamente sem interferência.

Resultado

Embora as medições elétricas não tenham revelado quaisquer defeitos, a verificação mecânica mostrou claramente que a válvula estava defeituosa. O pino da válvula está preso quando aberto e não pode ser movido pela força de tração da bobina.

A causa reside em depósitos causados por resíduos de combustão. Com o aumento da idade do veículo ou em caso de feitos mecânicos do motor, a infiltração de óleo de motor na câmara de combustão pode aumentar esta contaminação, o que pode levar ao bloqueio da válvula (seta). Neste caso, a causa deve ser eliminada antes de substituir a válvula RGE para evitar outra falha após um curto período de funcionamento.

Comparação com uma nova válvula RGE

Como se pode ver claramente na figura, a válvula RGE contaminada (1) já está aberta num estado desenergizado.

A nova válvula encaixa perfeitamente no assento (2).

Aviso

Mais informações sobre a recirculação dos gases de escape podem ser encontradas em:

www.hella.com/techworld